A vitória do candidato de ultradireita nas eleições primárias da Argentina, Javier Milei, que se define como libertário, chamou a atenção para essa ideologia que hoje chamam de AnarcoCapitalismo, que é uma versão radical e potencializada do Neoliberalismo, elevada à 10ª potência.
Essa gente considera que o estado é “o opressor”, que imposto é roubo, que a iniciativa privada e o mercado resolverão tudo, e que a liberdade individual deve ser o maior valor da sociedade.
Muito ao contrário do Anarquismo tradicional, que também previa o fim do estado, mas com a coletivização de todos os bens, os AnCaps miram suas escopetas no estado “opressor”, esquecendo que a desigualdade é o maior mal da humanidade, porque corrói a democracia e imprime aos pobres uma vida de sofrimento constante, enquanto os ricos, vivem em “céus de brigadeiro” e compram o poder em estados corruptos. A base da corrupção é o dinheiro, e quem tem o dinheiro manda.
Eles pregam que tudo seja privatizado. Dentre as propostas do tal candidato estão: a dolarização da economia; venda de todas as estatais; fim do Banco Central; o fim de todos os direitos sociais garantidos pelo estado (educação pública, aposentadoria, saúde pública, segurança, Justiça, de todos os programas de transferências de renda – uma invenção dos liberais no consenso de Washington ); o fim da obrigatoriedade das crianças e jovens estudarem (“Quem quiser estudar, estuda, mas não podemos obrigar!” disse ele); a liberação do uso de armas para todos se defenderem e, o mais estranho, a permissão para venda de órgãos humanos e filhos.
Milei, obviamente, está alinhado com Trump, nos EUA e com Bolsonaro, no Brasil, que inclusive já manifestou seu apoio à candidatura do “hermano’.
Pura sandice!
Para entender a lógica – ou a “falta de lógica”, do Estado Mínimo, veja os vídeos a seguir.
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