"É preciso que cada um dos homens se torne num ser social. É preciso ensinar às crianças e aos homens que devem considerar-se não como isolados, como indivíduos que têm o direito de incluir em si mesmos o fim da sua própria existência, mas como membros associados, de direito e de fato, de uma sociedade onde todas as responsabilidades são mútuas; devem além disso tomar consciência da consciência comum e julgar os respectivos atos particulares sob o ponto de vista desta consciência social. "
Léon Bourgeois
Este texto foi escrito por Léon Bourgeois, um político francês que foi advogado, presidente do conselho em 1895-1896 e da câmara dos deputados em 1902-1906. Ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1920 por ser um dos fundadores da Sociedade das Nações e foi juiz do Tribunal Internacional de Haia desde 1903. Bourgeois foi o fundador do solidarismo, que defende a progressividade fiscal e um sistema de seguros sociais. Sua doutrina era típica dos radicais franceses, defensores do humanismo republicano, continuadores das reivindicações do utilitarismo e paralelos ao movimento fabiano. Ele tentou atualizar as teses do contrato social, argumentando que a origem da soberania não está em uma sociedade organizada ou em um contrato estrito, mas em um quase-contrato. Se nascer em uma sociedade humana compromete o indivíduo com muitos deveres sociais, isso também compromete a sociedade a reparar as injustiças."
Para o criador do Solidarismo este não era uma via intermediária, um meio justo, entre o socialismo e o liberalismo, mas uma via superior
E, de fato, se houvesse solidariedade, o Liberalismo não produziria tanta desigualdade nem o Socialismo tanto autoritarismo.
Ambos se equivalem em produzir sofrimentoEm alguns países o Solidarismo avançou como ideologia, muito mais que no Brasil. Entretanto, também aqui, o Solidarismo está na Constituição, no Direito, nas ações e atitudes das pessoas. Se conseguirmos fazê-las assumir o Solidarismo como uma ideologia, poderemos mudar o país e melhorar muito o mundo.
